segunda-feira, 11 de junho de 2012

A promessa



  Não vou impedir as festas, as doses que o garçom traz na tua mesa, não vou impedir a falsidade dos teus amigos, a ignorância dos teus pais, não vou impedir que tu fique noites em insônia, te lembrar de por cadeado no portão, não vou impedir a solidão do teu jantar ou da tua sacada que nem vai mais abrir quando o inverno chegar, não vou impedir que tu acredite nas promessas de um guri qualquer, talvez tu vai pensar que ainda pode se apaixonar, não vou impedir nada disso.
  Perdi a noção do tempo e espaço, seguindo teus paços, andando nos estilhaços, pisando nas tuas garrafas vazias, e quando em coma alcoólico, no leito do hospital tu precisar repousar, eu vou me sentar ao teu lado, passar a noite em claro, cochichando no teu ouvido: - Não importa onde você vá, o quanto vai caminhar, tu não vai se livrar de mim.