Estivemos perto de
mais, por tempo de mais, ocasionalmente de mais, pra acreditar em ironias de
destino, não escolhemos e nem desejamos conscientemente nossos encontros,
evitaríamos se recebêssemos qualquer notícia sobre um do outro.
Tentamos tantas vezes excluir nossas histórias de nosso
passado juntos, evitamos qualquer tipo de lembrança, qualquer rabisco de
desenho ou disco quebrado da estante que substituiu por poeira nossos
porta-retratos. Acabou que, desconfortáveis com a ilusão da rotina, atraímos
com repulsa, mais um confuso encontro, encontro esse que serviu de certeza pra
tu decidir com convicção, se basear na mentira de que resistiremos, a ponto de
nunca mais nos aproximarmos o suficiente pra que lábios se toquem, nunca mais
se conformaria com as desculpas ou erros da única pessoa que se poderia
acreditar nas palavras, que sem provas, soavam com a mais pura sinceridade e
confiança, agora baseadas em lembranças danificadas pelo tempo. Mentindo
visivelmente pra si mesma foi capaz de se despedir, querendo acreditar que não nos
veríamos mais, tive por alguns segundo vontade de rir sugando a ironia desacreditada
de um destino que provoco e acredito não existir.
Das poucas palavras
que entendi discordei, ignorante pra chuva minha atenção desviei, enquanto ela
procurava relembrar os erros que cometi, pois, nada daquilo me importava, do
contrario eu não devia estar ali, nunca disse que dela eu desisti.