quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Na noite passada




Na memória as imagens estáticas
Crescem com o orgulho que molda as mascaras
Que quando caem fazem olhos relembrar
Nas noites, lapsos seu sono espantar
Mas, permitem ar puro respirar
Sem sufocar...
Pude ver a vida como um livro aberto
Tentei ler algumas páginas
Quando a maioria estava manchada por lagrimas.
Na memória as imagens estáticas
Criaram asas
Nunca pretendendo voar.
Julho de 2008
A idéia era sabotar.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Nessa vida também




Tantos lapsos diários
Trazem-me agora até aqui relatos contrários
Imagens traduzidas em palavras
Como o mais velho novo filme a rodar
Com o mais belo sorriso que me faz lembrar
A garota da lanchonete não mais me olhou
Aquele café manchou
O tempo ainda não limpou
Teu olhar ciumento ficou gravado
No meu branco moletom
Entristece-me
Pois, tudo o que restou são lembranças
Onde foram parar as alianças
Que naquele dia eu queria por em tua mão?
Entristece-me
O tempo passou
De mim ele te afastou
Apagou meu nome do teu coração
Com toda certeza escrevo
A rodoviária confirma
Teu olho naquele dia me reconheceu
Mas, tua mente me esqueceu
Não lembro de nenhum ponto final,
Nenhum adeus,
Um ultimo beijo...
Fico pensando que tipo de pessoa eu fui
pra que hoje não tenha nenhuma memória
sobre nossa história.
O tempo passou
De mim ele te afastou
Tão fixo nosso laço
Aqui do lado ele te deixou
“To indo te buscar”.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Mesmo que mude




  To tentando não acreditar, nem pensar, que não pra tudo ser tão normal. Tenho muito a concertar, já se passou muito tempo e não vi nada ao meu redor mudar.
  Nas minhas noites acordado reconheci tudo o que perdi. Na obrigação de aceitar reconheci que tudo o que eu queria era voltar... nessas horas acordado eu realmente acordei, to arrumando minhas malas, to indo a estação de trem.
  As forças que compreendem tudo o que eu já tive um dia nunca desistiram de voltar. Mas as coisas que fazem lembrar, de tudo que eu já fui um dia não são mais, como eram há um tempo atrás.
  De todas as coisas que ouvi procurando não acreditar, sem conseguir evitar, as velhas lembranças jogadas pra trás, regrediam em desejo de ter tudo de volta em seu lugar. Enquanto me recordo de todas as palavras que você me falou, não posso fazer nada além de ficar onde estou, a espera do próximo trem passar.
  To tentando não acreditar nem pensar, em não conseguir reencontrar... Tenho muito a concertar, me espera, eu vou voltar.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A primeira vez que eu te vi chorar




O abraço, um leve deslizar de dedos pelos cabelos, o cheiro, o beijo.
Um sussurro, suspiro, a cintura, meus braços.
Punhos, os olhos fecham, o vestido amassa, o blazer no chão eu deixo.
A noite, no relento, o sereno, na ponta dos pés, a curva da coluna, estrelas, no céu meus traços, as mãos entre laços.
O sorriso tenta, esconde, teus olhos, o desconfio.
Me envolve, mais uma vez, a nuca, o calafrio.
Movimentos, lentos, palma da mão, metal nobre, teu dedo, agora ela tem um pedaço, vestígio, do meu coração.
A lagrima, escorrega, eu deixo, molha meu peito, o brilho dourado, cala a noite, o abraço, um leve deslizar de dedos pelos cabelos, o cheiro, o beijo.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

São só palavras




São só palavras quando se diz respeito de um futuro, quando se diz respeito de uma opção, comparação, do que se tem ganhar ou perder, arriscar ou manter.
São só palavras quando teu pensamento mantem confusão, desejos se tornam ilusão, você pensa e repensa como de costume mas, não chega a nenhuma conclusão. Sozinho talvez por opção? Não me vejo na condição de levar isso em consideração.
Foram só palavras quando disse que sentia algo por ela, pois tudo foi resumido com um teclado, mouse e uma tela. Foram só palavras, porque eu percebi que tinha certeza de somente uma coisa naquele momento, que eu queria estar com ela.
São só palavras quando se diz respeito de um futuro, quando se diz respeito de uma opção, comparação, do que se tem ganhar ou perder, arriscar ou manter, o que eu sentia por ela com palavras eu não conseguiria esconder.